Anzóis de Praia
Você sabe exatamente quais anzóis deve utilizar na praia, e quando? Se não, nossas dicas serão bastante úteis nessa escolha que não é tão simples quanto parece.
A gama de anzóis disponíveis para o pescador de praia é das mais extensas, podendo causar grande confusão naqueles que vão a uma loja com o simples intuito de “comprar um anzol” para a modalidade. Essa grande dúvida pode ser equacionada, em primeiro lugar, definindo-se um foco: onde e como será a pescaria? Quais são os peixes-alvo e seus tamanhos médios? Em seguida, vem a classificação dos modelos e tamanhos ideais, o que pode variar de acordo com as experiências de cada pescador e seus resultados.
Para competições e pescarias “light” feitas na beira, por exemplo, são usados anzóis finos e pequenos, já que o objetivo é privilegiar a quantidade e não o tamanho. Já para pescarias de peixes maiores, o anzol também deve ser maior, além de mais reforçado e com formato diferenciado.
Portanto, fique atento quando um vendedor disser “esse anzol é bom”, sem nem perguntar o que você pretende pescar.
A importância
De todos os materiais que usamos, o anzol é, de longe, um dos mais importantes. Sem esse elo fundamental entre o pescador e o peixe, a pesca simplesmente não existiria do modo como a conhecemos. Deve-se ter uma atenção especial na escolha do modelo certo, optando por marcas confiáveis, e substituí-lo sempre que sentirmos que sua ponta esteja prejudicada.
Não compensa reutilizar anzóis; seu custo é relativamente baixo (em geral, menos de R$ 1 a peça), e não vale o risco de comprometer a captura. Anzóis de marcas renomadas custam por volta de R$ 8 a R$ 16 (cartela com 12 unidades), podendo-se encontrar, com facilidade, cartelas de 20 unidades a cerca de R$ 8,00.
O material de fabricação pode variar de ligas de aço forjado ou inox, com a opção de serem banhados em outras ligas metálicas (caso dos anzóis “niquelados”, “estanhados” ou banhados a ouro), ao aço de alto carbono, no caso dos modelos de maior qualidade. As colorações variam entre o prata, o dourado, o vermelho e o preto; os anzóis “black crome” são os que apresentam maior resistência à corrosão pela água salgada. As pontas são afiadas a laser e quimicamente, e têm formato cônico, angulado ou progressivo, com ou sem farpas, de acordo com cada modelo.
Encontramos no mercado, anzóis com a tecnologia Cutting Point, pontas de lâminas triplas com alto poder de penetração.
Tamanhos
A numeração dos anzóis não segue um padrão exato, sofrendo variações conforme os fabricantes e os modelos. São duas as padronizações mais usadas, que chamaremos genericamente de “A” e “B”. A relação de tamanhos para os modelos que seguem o padrão “A” é: 8 – 6 – 4 – 2 – 1 – 1/0 – 2/0 – 3/0 – 4/0. Para o padrão “B”, a classificação (também crescente) segue a sequência: 6 – 7 – 8 – 9 – 10 – 11 – 12 – 13 – 14.
Geralmente, a numeração “A” é usada para anzóis voltados para a pescaria de peixes maiores, enquanto a “B” é mais empregada para a pesca leve ou de competição. Obviamente, essa não é uma regra rígida, mas sim, um ponto de partida para referência de uso.
Modelos
Alguns são de uso específico para pescaria leve, e outros, para pesca pesada. Existem, porém, modelos cuja numeração é ampla e que podem ser usados em ambos os tipos de pescarias. É o caso do famoso Maruseigo, em que os números 4 e 6 são usados para pescarias leves, e os números 14 e 16, para a pesca dos maiores.
Em geral, os anzóis de competição ou para pesca light têm a extremidade da haste em forma de “pata”, enquanto os modelos para pesca pesada têm o mais comum e conhecido “olho” ou “olhal”. Veja, por categoria, quais são os modelos mais usados na modalidade de praia.
Categoria/Modelos
Leve / média – Kairyo Hansure, Akita Kitsune (“Tortinho”), Sode, Shin-haze, Koaji, Aji Sendou (“Unha de Gato”), Funa Bari, F1, 260H (“Ponta de Cristal”)
Média / pesada – Mutu Light Circle, K-Hook, Flyliner, SSW, Iseama, Shiner Hook, Wide Gap
“Coringas” – (servem para todas) Maruseigo, Yamajin, Shiro Kitsune, Chinu, Isumedina
O saca-anzóis
Trata-se de um artefato simples desenvolvido para auxiliar a retirada de anzóis de peixes que os engolem e acabam ficando “embuchados” com eles. Basta passar a linha pela fenda ou orifício do acessório e descê-lo até a curva do anzol. Então, segura-se a linha com firmeza e, com um leve tranco, empurra-se o conjunto, desprendendo o anzol.
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Comments
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CLAYTON VINICIUS fevereiro 07, 06:14MUITO PROVEITOSO, PRINCIPALMENTE PARA INICIANTES COMO EU, OBRIGADO
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Ricardo Samendoara fevereiro 08, 22:04Ola Alexandre, muito bom o artigo. Anzol é coisa muito seria mesmo e ja vi pescadores perdendo o trofeu por estarem usando anzois inadequados. Alias, gostaria de comentar sobre um tipo de anzol que esta me agradando muito, é o Mikoshi da Gamakatsu. Ele tem a "morte" em forma de uma flexa e é altamente "fisgativo". Um grande abraço.