Iscas naturais pesca de praia
ISCAS NATURAIS PESCA PRAIA
Depois da escolha e montagem correta dos conjuntos de pesca e seus acessórios terminais (chicotes, chumbos, pernadas, anzóis etc), os tipos de iscas e sua forma de apresentação aos peixes são os fatores mais importantes para se ter sucesso na pescaria de praia.
As diferentes regiões de nosso extenso litoral têm iscas e manhas particulares, mas há aquelas que podemos considerar universais, ou, pelo menos, as mais usadas por iniciantes ou inveterados na modalidade.
De forma geral, a produtividade é sempre maior quando a isca escolhida é viva ou fresca.
Quando isso não é possível, ela pode ser armazenada para uma pescaria futura. Ao “iscar” no anzol, independentemente do tipo, vale lembrar que a ponta do anzol deve ser deixada livre, quase sempre aparente, para não atrapalhar na fisgada.
Cuidado com excesso de elástico para fixar a isca no anzol.
Corrupto:
Esse crustáceo é considerado a melhor isca para a pesca de praia.
Pode ser encontrado em praias rasas de areias duras e escuras do litoral brasileiro.
– Captura: Feita durante a maré baixa (ente -0,2m e 0,1m) com auxílio de uma bomba de sucção confeccionada em PVC.
Ele se aloja nos pequenos orifícios que ficam soltando água na areia. O pescador deve ficar atento à tábua das marés.
– Dicas: Os corruptos são iscados preferencialmente vivos, inteiros ou em forma de “bolsinha”.
Para sua conservação, são colocados dentro de uma garrafa plástica com um pouco de sal grosso, completada com a própria água do mar e, em seguida, congelada.
Camarão:
Dos tipos de iscas naturais pesca de praia é a mais popular, obtendo sucesso na captura de quase todos os peixes.
A eficácia dos resultados depende muito da qualidade do camarão, que deve ser preferencialmente fresco e sem conservantes químicos (como o metabissulfito de sódio).
Usa-se também o camarão desidratado em sal iscado em pedaços, na maioria das vezes sem casca.
Os mais usados são ferrinho, sete barbas e branco. No período de defeso encontramos o camarão cinza.
– Dica: Para a conservação dos camarões, cortamos suas cabeças com o auxílio de uma tesoura, lavando-os em seguida com água do mar e colocando-os em recipientes como pequenas embalagens
plásticas, saquinhos ou potes de margarina. Assim, estão prontos para ir para o congelador.
Minhoca de praia:
Outra boa isca na beira de praia, temos bons resultados com betaras, maria luizas, cocorocas, bagres e principalmente pampos, embora não seja encontrada em todas as praias.
– Captura: Nas praias com areias mais escuras, a minhoca é atraída com restos de peixe colocados na entrada de sua toca, na forma de pequenos furos na areia.
Quando aparece para pegar a “isca”, deve ser puxada com as mãos para fora, com cuidado, para não romper seu corpo.
Em praias de areias mais claras e fofas, costuma-se usar a enxadinha para chegar até ela.
– Dica: As minhocas são conservadas com fubá e embaladas em saquinhos plásticos, bandejas de isopor ou jornais. Então, podem ser congeladas.
Sardinha:
É a mesma que encontramos nas peixarias para nosso consumo.
As espécies diferem de acordo com a região.
Dica: Pode ser iscada em pedaços ou em filés. Para conservá-las, enrolamos em jornal e levamos ao congelador.
Sarnambis:
São as conchas encontradas sob a superfície de praias com areia escura, para capturá-las, basta dentro d’água afundar as mãos na areia e pegá-los, é muito fácil de achar as conchinhas.
Dica: Usar o sarnambi é fácil, basta quebrar a conchinha e iscar o miolo no anzol.
Lula:
Encontrada praticamente em qualquer peixaria.
Na praia, usa-se geralmente as lulas pequenas, cortadas em tiras ou pedaços. A maior vantagem é que dificilmente se solta do anzol.
– Dica: A lula pode ser congelada em pequenos pacotes, dentro de saquinhos plásticos.
Saquaritá:
É uma espécie de caramujo encontrado nas pedras, quando a maré vaza.
Quebra-se a casca e retira-se o molusco para iscar.
– Dica: A casca é muito difícil para se quebrar, aconselha-se ter em mãos um tipo de martelinho (objeto mais pesado) para quebrar a casca.
Tatuí:
Também conhecido como tatuíra, é aquele pequeno crustáceo que pode ser observado correndo e se enterrando na parte rasa de algumas praias.
– Captura: Feita quando as ondas quebram e começam a recuar. Deve-se cavar com força e agilidade para encontrá-lo, com as mãos ou com uma peneira.
– Dica: PAra iscá-los, tira-se a casca, entra com o anzol na parte da cauda(parte mais fina) e sai na cabeça, deixando as patas viradas para fora e com o auxílio do elastricot finalizamos a amarração.
E pode ser iscado com casca por inteiro da mesma forma.
Outras iscas:
Pequenos peixinhos vivos (como as manjubas), caranguejos (a conhecida “Maria Farinha”) e outras, encontradas particularmente em determinadas praias.
Defeso do camarão sete-barbas
O defeso é a época de proibição da pesca do camarão sete-barbas pelo IBAMA, para a preservação durante o período reprodutivo da espécie. Ele normalmente vai de outubro até dezembro.
Na falta do popular sete-barbas, o camarão cinza também pode ser usado, com bons resultados.
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Comments
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Carlos Eduardo outubro 25, 22:54Excelente post , sabe me dizer se em todas as praias encontramos esta biodiversidade de iscas naturais ?
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pescanapraia outubro 25, 23:02Prezado Carlos , não são em todas as praias por exemplo , que encontramos o corrupto e a minhoca do mar , estas iscas são encontradas com facilidade em " praias rasas " , quando a tábua da maré apresenta oscilação abaixo de 0,4 m , fazendo com que fiquem mais visíveis para captura . No litoral sul por exemplo , encontramos corruptos , minhocas do mar , tatuí com mais facilidade , porém , não podemos descartar as demais iscas como o camarão , a lula , o filé de sardinha , que podem ser comprados frescos e congelados adequadamente para pescas futuras , que mesmo assim apresentam excelentes resultados .
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luiz de oliveira abril 25, 20:15Parabéns pelas dicas e reportagens!!!
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PADUA abril 26, 17:44eu constumo pesca em ubatuba uso sempre camarão,lula e sardinha não tenho que reclama muito boa mesmo grt PADUA
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heber fernandes janeiro 30, 21:33boas dicas
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Jorge Maio maio 17, 19:03Excelente matéria. Confesso ter aprendido bastante com a mesma. Descobri erros que, com certeza, tem prejudicado minha pesca na praia.